terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Música "Palavra"

Eu tenho uma apreciação dantesca pela música Palavra de Irene Gomes. A singela letra dessa canção é poetizada da seguinte maneira: Palavra não foi feita para dividir ninguém. Palavra é a ponte onde o amor vai e vem. Palavra não foi feita para dominar Destino da palavra é dialogar. Palavra não foi feita para opressão. Destino da palavra é a união. Palavra não foi feita para vaidade Destino da palavra é a eternidade Palavra não foi feita pra cair no chão. Destino da palavra é o coração Palavra não foi feita para semear A dúvida a tristeza ou o mal estar Destino da palavra é a construção De um mundo mais feliz e mais irmão. De fato, é através da palavra que temos a oportunidade de construir possibilidades outras. Isso ocorre porque há um há um poder nas palavras. E provo isso com uma ilustração: Minha filha não gosta de coco. Assim, ela evita todo e qualquer alimento que contenha coco. Em fins de setembro de 2011, ela comeu um bolo apelidado “formigueiro”, sem saber que tinha coco, sempre afirmando que o bolo estava uma delícia. Aí, ela resolveu ler na embalagem a composição alimentícia do bolo e descobriu que tinha coco. Pronto, o drama estava montado, porque agora, o bolo gostoso possuía um elemento que ela não aprecia. Então, ela começou a comer o bolo com certa suspeita. Mas o que realmente importou? Por certo, o poder da palavra coco. Foi a palavra que provocou nela um estranhamento. Aquilo que estava saboroso passou e ser suspeito. É interessante notarmos como as palavras provocam em nós os mais diversos sentimentos e reações. Por isso, temos que ter um cuidado singular com a forma como conduzimos as palavras. Isso também é verdade quando analisamos a esferas dos relacionamentos. Ora, nessa esfera, se não temos coisa alguma de boa pra dizer para outrem, então é melhor não dizer nada. Aliás, nossa intencionalidade tem que ser sempre a voltada para a manifestação de palavras agradáveis às pessoas. Isso constroi a ponte onde o amor vai e vem. No livro de Provérbios, há um verso que muito me agrada e que corrobora com nossa breve narrativa. Trata-se de Provérbios 16.24: “Palavras agradáveis são como favo de mel. Doces para a alma e medicina para o corpo”. Há dois princípios interessantes nesse verso. O primeiro refere-se ao fato de que as palavras, como ditas, podem provocar a cura das emoções e a cura do físico numa dimensão holística. Em minha convicção, não se trata de mais um chavão evangélico, mas de um princípio que favorece a boa harmonização dos relacionamentos. Ora, se temos problemas na família e na igreja, um dos fatores fundamentais está relacionado ao fato de que usamos mal a palavra. Isso é muito verdadeiro, pois muitas vezes, mesmo sem saber, machucamos as pessoas com as palavras. Ora, todas as pessoas têm o direito de defenderem suas posturas e verdades, mas ao fazê-lo, devem se imbuir de uma atmosfera de boas resoluções relacionais, inscritas na esfera do shalom – paz, mesm na adversiadade. Pessoa alguma é obrigada a aceitar afrontas ou palavras deselegantes oriundas de quem quer que seja. Por isso, a música de Irene e o verso bíblico ressaltado se tornam boas referência para todos nós. Entendemos da música e do verso que as palavras agradáveis são pontes onde o amor se desloca trazendo amenos sentimentos e cura emocional e física. Acho que é isso que deve estar na pauta das nossas conversas: bons sentimentos e desejo de cura para o outro. Fora isso, não tem sentido. Então, cuidemos de nossas palavras, segundo a lógica: “destino da palavra é a construção de um mundo mais feliz e mais irmão.

DIA 70 - As mariposas giram em torno das lamparinas acesas

Gosto quando os olhares e os sorrisos oriundos de pessoas diferentes compactuam os sentimentos mais profundos numa doce simbiose. Pode ser q...