sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Hoje tive um sonho...

Acordei com um sorriso, depois de um sonho... Sonhei que estava em um lugar amplo, onde se aglutinavam muitas pessoas oriundas de diversas cidades e de múltiplas culturas. As pessoas tinham em seus corações boas intenções e desejavam participar da sinalização do bem estar para muitas outras pessoas – seus semelhantes. Seguiam fielmente o preceito de amar a Deus e ao próximo, oriundo do pensamento de um jovem sábio, inscrito em um velho rolo de pergaminho. Apesar dos bons intentos, os semblantes estavam pesados. As pessoas estavam desesperançadas e descontentes. Eram muitas as inquietações e dificuldades vivenciadas. O ambiente claro-escuro era evidente e a opacidade dos olhares dizia muito sobre os dramas estruturais no contexto da organização que amavam. Os planos contraditórios, a visão distorcida, os semblantes inseguros, a contigência da vida, os dramas familiares, as crises financeiras, o arroubo das falas arrogantes, o dedo em riste, o medo da sinceridade... tudo isso reunido dentro de um salão marcado pela presença de um “sagrado”. Frio, vento, nebulosidade... Entretanto, as nuvens densas do dia nublado se desfizeram, pois os principais líderes da organização rasgaram suas vestes, se cobriram de cinzas, arrancaram as sandálias dos pés e iniciaram uma celebração inusitada que começou com um pedido claro de perdão num sermão afetuoso e a celebração da santa-eucaristia. Todas as pessoas, como que sendo invadidas por um sopro renovador do vento leste, igualmente rasgaram suas vestes, cobriram-se de cinzas e arrancaram suas respectivas sandálias para pisar aquele ambiente que havia se tornado santo, genuinamente santo. Os bons intentos se encantaram, os semblantes ficaram leves. As pessoas nutriam-se de esperança e se abraçavam contentes. Perdiam as inquietações e vivenciavam o diálogo fraterno. O ambiente ficou brilhante como o domingo de sol e um reflexo inimaginável tomou conta dos olhares, desfazendo paulatinamente os dramas estruturais da organização que amavam. Os planos concordados, a visão definida, os semblantes firmes, a contigência da vida, os desafios familiares, as possibilidades de resoluções financeiras, as falas carregadas de humildade, a sinceridade... tudo isso reunido dentro de um salão marcado pela presença do Cristo. Na ceia-eucaristia-sempre-santa, uma nova organização nascia com cheiro de gente – Deus com a gente, feito gente. O rancor se desfez, as mágoas foram lançadas ao chão e todos(as) se uniam em uma só voz cantando: “No Espírito, unidos, somos um no Senhor”. Espero continuar sonhando...

DIA 70 - As mariposas giram em torno das lamparinas acesas

Gosto quando os olhares e os sorrisos oriundos de pessoas diferentes compactuam os sentimentos mais profundos numa doce simbiose. Pode ser q...