Paulo Stuart Wright é natural de Joaçaba em Santa Catarina.
Filho de missionários – Rev. Latran e Da. Bela Wright foram seus genitores –
adquiriu os conhecimentos primários na Escola Evangélica de Joaçaba de onde se
transferiu para o Instituto Educacional de Passo Fundo, a fim de cursar o
ginásio e o científico, e, posteriormente para o “College of the Ozanks”, no
estado de Arkansas, EUA, onde se graduou em sociologia e política.
Posteriormente, especializou-se em estudos de população, na universidade da
Flórida, também nos Estados Unidos, após o que volta ao Brasil. Na terra de
seus pais, foi um dos fundadores de um expressivo grupo contrario à
discriminação racial, na universidade da Flórida. Não obstante haver concluído
com brilhantismo todos os cursos, sentiu necessidade, à certa altura de sua
vida, de tomar um contato mais íntimo com as classes trabalhadoras a fim de
conhecer, na realidade, suas reações sociológicas. Em 1956, quando se achava em
nova viagem aos EUA, fez-se trabalhador braçal, no setor da construção civil,
em Los Angeles. No ano seguinte, voltou ao Brasil e se empregou como ajudante
de torneiro-mecânico numa outra indústria de São Paulo. Em 1960, foi secretário
regional da União Cristã de Estudantes
do Brasil e, no ano seguinte, Secretário da D. R. da Fronteira Sudoeste[1],
em Joaçaba. Pouco depois, foi convidado pelo governador do estado para dirigir
a imprensa oficial, de onde saiu para dar início à organização da FECOPESCA –
Federação das Cooperativas de Pesca de Santa Catarina.
Jovem, inteligente e dinâmico, e reunindo preciosa
experiência, Paulo Wright é, hoje, figura quase simbólica para os homens-do-mar
do seu estado. Seu nome, ao lado do que leva a organização de qual é o autor, é
tido como sinônimo de redenção pelos milhares de pescadores sulistas.[2]
[1]
Delegado Regional.
[2] Texto escrito pó Carlos Pizarro em 1964. Revista Cruz
de Malta. Ano XXXVI n• 1 – 1964. P. 12 Jan – Fev.