Descontrola-me
a paixão!
Essa força,
metáfora do fogo.
Tensão e
tesão, larva de vulcão.
Dissonante
na pauta musical
Que levanta
todo o meu astral e me deixa singular.
Mal estar
gostoso de sentir.
Trágico luar
das noites sem estrelas
Que ilumina,
tão somente, pequenos cacos de telhas.
Barro todo
informe e macio,
Vermelho,
úmido se moldando
No penhasco
dos meus mais remotos sonhos.
Salto no
vago precipício, sem chão para pousar, sem asas pra voar.
O corpo em
meio aos ventos debate o insano intento da fé pra se jogar,
Sem aparas
pra agarrar.
É o doce
amargo na boca.
Longe dos
abraços e beijos
Arrefeço o
poder dos desejos...
E mergulho
no fundo profundo
Sentindo-me
qual moribundo
Que em meio
ao silêncio gritante
Enfrenta o
temor fulgurante
Perdendo o
sentido do mundo.
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